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Foto do escritorHugo Gomes

SENSORIAL precede o MOTOR (parte I)

Atualizado: 3 de jan.

Hoje vou tentar simplificar o conceito "Sensory before motor", ou como diz o título "Sensorial precede o motor" - o qual conheci e me aprofundei na formação da ZHealth. É um assunto denso, que entrelaça várias subáreas das neurociências, além de preencher uma importante lacuna no processo de treinamento e reabilitação. Contudo, a ideia desse conteúdo é tornar um pouco mais acessível esse conhecimento acerca da movimentação humana, pelas lentes da neurologia.


Para seguirmos, é vital compreender que o sistema nervoso humano faz três coisas principais:

1. Recebe informações (input) do ambiente interno e externo por meio de uma ampla gama de sentidos.

2. Interpreta esses sinais e decide o que fazer com eles.

3. Cria a saída (output) motora com base na decisão tomada.




O resultado final do sistema nervoso do seu aluno\paciente (seja dor, imobilidade e déficit de força, ou desempenho atlético) é a soma total de tudo o que ocorre neste loop. A maioria dos sistemas de treinamento ou reabilitação tendem a ser altamente focados no “fim” desse loop. Aqui estamos abordando o raciocínio que utilizo na minha prática e ensino no curso SENSORY MAP, adotando uma abordagem centrada na neurociência aplicada.


Avaliar e treinar todas as partes deste ciclo é ponto chave para otimizar a integração sensório motora de seu aluno\paciente. Então, o nosso primeiro passo para isso é ter mais e melhores ferramentas para avaliar e treinar a em entrada de informações (input).


Os profissionais que utilizam essa abordagem da neurologia aplicada reconhecem que muitos dos problemas que impedem as pessoas de terem melhor desempenho ou resolver suas dores começam com problema na entrada de informações. Poucos modelos educacionais oferecem uma visão profunda de todas as diferentes entradas sensoriais do nosso sistema. E você não precisa saber com profundidade sobre de todos, mas é importante dominar os "principais", que iremos discutir em breve.


Confira a imagem abaixo para visualizar as várias vias de entrada de informação no nosso corpo:




Para modificar a saída de informação do sistema nervoso central (output) devemos ser capazes de avaliar as diversas ENTRADAS e depois treiná-las novamente, conforme necessário, para que tenhamos um desfecho significativo e duradouro em termos de movimento ou redução da dor.


A avaliação e estímulos podem ser direcionados para:

1. Receptor sensorial: A terminação nervosa ou órgão sensorial que recebe a informação do ambiente e cria um sinal para o sistema nervoso.

2. Nervo periférico/craniano: O nervo que transporta sinais para o sistema nervoso central.

3. Tronco cerebral: A estrutura do sistema nervoso central que transporta sinais sensoriais para a(s) área(s) do cérebro onde serão interpretados.


Agora vamos para o "meio" do loop: INTERPRETAÇÃO E TOMADA DE DECISÃO


Compreender as diferentes áreas do cérebro que governam o parte de interpretação e decisão do loop é outro ponto chave na sua conduta.


O processo de interpretação e a decisão acontecem tanto na região chamada de cérebro reptiliano (ou Old Brain) quanto no Neocórtex (New Brain). É tarefa do old brain questionar se um determinado estímulo “é seguro?”. Cada entrada sensorial recebida é interpretada e avaliada para detectar ameaças antes que uma decisão seja tomada para:


A) responder imediatamente com ação protetora;

B) processar a entrada pré-cognitivamente, ou;

C) transmiti-lo ao novo cérebro para processamento cognitivo.


Depois que as informações são transmitidas e chegam ao neocórtex, precisamos entender onde e como ocorre a interpretação, e como as decisões são tomadas. Isso começa com a compreensão dos nomes e das funções básicas do córtex (confira a imagem abaixo).




Podemos resumir (bastante) esta imagem mencionando que a informação sensorial é processada (interpretada) na parte posterior do cérebro, e nossas respostas (tomada de decisão) são criadas na região anterior. Também podemos inferir que decisões e respostas com velocidade, precisão e eficiência adequadas dependem da qualidade e precisão das interpretações sensoriais que acontecem na parte posterior do cérebro. Se alguma das áreas na parte sensorial do córtex não estão interpretando as informações com precisão, as saídas da área motora (output) do córtex serão afetadas e, de modo geral, a parte posterior do cérebro tentará utilizar mais combustível/ativação para “corrigir” os problemas de interpretação, se possível. Muitas vezes, melhorar uma questão motora será necessário gerar estímulos com foco nas áreas na parte posterior do córtex inicialmente.


Percebe que mesmo resumindo MUITO esse assunto, ele ainda é extenso, por isso, se você quiser que eu traga a parte sobre OUTPUT, as respostas motoras, que são o ponto final desse loop, comenta aqui abaixo escrevendo "EU QUERO", para eu saber se vocês estão gostando e se interessando pelo tema.



E se você quer compreender com profundidade esse e muitos outros conteúdos que abordamos no curso Sensory Map, agregando conhecimento e ótimas ferramentas para potencializar os resultados dos seus alunos (professional de Educação física) ou pacientes (Fisioterapeuta), não perde a chance de garantir vaga na única turma de 2024!! Inscrições abertas aqui no site, contatos da imagem acima ou pelo meu perfil do instagram ( @hugoegomes). || Valor especial até dia 31\12\2023 ||


Por hoje é só, galera! Qualquer dúvida, comenta abaixo. Até o próximo conteúdo. Abração

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