Quando crianças, é mais provável que soframos quedas enquanto brincamos, exploramos e ultrapassamos nossos limites. A queda é crucial para o desenvolvimento de uma criança; uma forma de compreender os conceitos de risco e recompensa. Quando chegamos a fase adulta, geralmente, a tolerância ao risco diminui naturalmente. Damos menos saltos (riscos calculados) e, como resultado, caímos cada vez menos. Não temos mais aquele ciclo de feedback que tínhamos quando éramos crianças. E assim vai aumentando a nossa fragilidade. A ironia é que se continuarmos com esta tendência da fase adulta para a 3° idade, na verdade começaremos a cair ainda mais, e pior.
Fato: Desde 2000, quedas causaram mais de 15mil mortes em idosos no Brasil, segundo OMS.
Se expor a essas situações de queda - seja na sua prática diária ou sessão de treinamento - vai te ajudar a construir uma maior variedade de formas de lidar com possíveis eventos de queda na vida real, que potencialmente poderiam te machucar. "Saber cair" e explorar diferentes formas de ir ao chão, e sair dele, irá te manter mais esperto para as imprevisibilidades do ambiente, desenvolvendo a antifragilidade do seu corpo.
Experimente iniciar, caso não tenha muita intimidade com esse tipo de prática, ir ao chão e levantar através de movimentos de menor exigência para você (explore caminhos onde o esforço, inicialmente, não será tão grande - imagine uma zona de esforço de 50% em média). Continue praticando, e explore variações e diferentes forma em cima do padrão que você escolheu. Busque ser leve e silencioso na entrada e saída do chão, vá 'amaciando' o chão com seu corpo e perceba com o refinamento da prática que o gasto de energia vai sendo reduzido, e você vai descobrindo mais forma de realizar essa tarefa.
Esse é apenas um exemplo de como iniciar de forma mais 'conservadora', porém não estacione ai, procure continuar progredindo, tornando suas opções de movimento mais amplas e versáteis, para assim você reduzir seu medo de cair (caso tenha), aprenda a lidar melhor com esses eventos (gerenciamento de risco) e possa usufruir de maior autonomia na sua vida.
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Você tem desenvolvido seu repertório para entrar e sair do chão? O quão intimo do chão você é? Tem algum medo específico? Me conta aqui nos comentários pra a gente trocar uma ideia, e quem sabe eu possa te ajudar. Até a próxima, galera! Forte abraço.
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